Alerta

Comunidades pedem medidas de segurança no acesso à Colônia Maciel pela BR-392

Reforço na sinalização e lombadas eletrônicas estão entre as soluções sugeridas por moradores do 8º Distrito para reduzir riscos no local

Fotos Ítalo Santos - Especial - DP - O risco iminente de acidentes preocupa quem transita pelo local

Imagine morar em uma rua movimentada, em que o entrar e sair da garagem de casa se torna um estresse diário e também um risco. É algo semelhante a isso que moradores da Colônia Maciel, 8º Distrito de Pelotas, enfrentam diariamente. A diferença é que a rua em questão é uma das BRs mais movimentadas da Zona Sul, a 392, que liga o Porto de Rio Grande ao Norte do Estado. O acesso à Colônia ou mesmo a saída dela é um perigo diário que os motoristas enfrentam e com um agravante: no local, uma descida, os veículos, na maioria caminhões carregados, passam em alta velocidade.
No sábado (26) pela manhã, representantes dos moradores e empreendedores do local se reuniram junto ao acesso, localizado junto ao quilômetro 102, para relatar o problema ao Diário Popular e decidir possíveis encaminhamentos para a situação. Entre os moradores, o padre Luiz Armindo Capone, 93, que chegou a sugerir a construção de uma estrada alternativa para os moradores, evitando o trecho perigoso. A proximidade da colheita das frutas como o pêssego e o tomate também preocupa o pároco, já que neste período a entrada e saída de caminhões no local se intensifica. “Esta é a estrada dos alimentos e do turismo, aqui temos cataratas e frutas como o pêssego e o morango”, ressalta.
No entanto, a construção de uma estrada ou até mesmo um trevo demanda recursos e os moradores precisam de uma solução urgente. Eles defendem o reforço na sinalização e até mesmo uma lombada eletrônica para amenizar o problema que está tirando o sono de quem precisa usar a estrada diariamente.
É o caso do caminhoneiro Gilmar Bartz, morador da localidade e que utiliza o trecho com frequência, tanto em direção a Canguçu, quanto em direção a Pelotas. Segundo ele, a descida (Canguçu-Pelotas) e entrada na Colônia fica ainda mais complicada por causa do acostamento estreito e em declive. “Quando chego próximo ao quiosque [de hortifrutigranjeiros, nas proximidades], já ligo o alerta [para sinalizar a entrada na Colônia].” A dificuldade, segundo o caminhoneiro, é quando vêm outros dois caminhões nas duas direções. “Chegam a passar espelho com espelho e só não ocorreu acidente ainda porque muitos reduzem a velocidade”, diz.

Cobranças às autoridades
Os moradores chegaram a fazer um abaixo-assinado por melhorias na sinalização. “Pagamos impostos e pedágio e a conservação da sinalização é obrigação da Ecosul”, cobra o empresário Ricardo Grupelli. Segundo ele, o local é acesso a pelo menos 20 comunidades, além da Vila Maciel, colônias São Manoel, Santa Helena, Rincão da Cruz e inclusive ao município de Arroio do Padre. “São mais de 20 horários de ônibus diariamente, entre transporte coletivo e escolar.”
Grupelli relata que o ônibus que faz a linha Pelotas-Canguçu precisa parar em cima da pista para largar ou pegar passageiros, já que existe uma parada no local, mas falta espaço no acostamento.
Por fim, ele lembra que o local integra o roteiro turístico Doces Caminhos Rurais e o local é ponto de acesso para pelo menos 15 empreendimentos. “Se já está perigoso para quem conhece, imagina para quem vem de fora.”

Turismo
Proprietária do parque Stone Land, Nívea Saraiva diz que já houve reunião recentemente do Conselho Municipal do Turismo com representantes da Prefeitura, Estado e Ecosul pedindo a sinalização e melhoria não apenas deste local, mas de todos os acessos às colônias. “Temos oito distritos e 1,2 mil quilômetros de estradas. O fluxo no final de semana é bastante intenso e todos os acessos têm riscos grandes.” Segundo a empresária, está sendo aguardado agora o agendamento de uma reunião com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para tratar do assunto.
Procurada, a Prefeitura de Pelotas respondeu, através do secretário de Transporte e Trânsito, Flávio Al Alam, que as sinalizações de BRs e cruzamentos com vias municipais são de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

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